terça-feira, março 12, 2002

Dia 07/02/2002

Mais uma vez acordei cedo pra pegar um trem. Acho que já estou ficando cansado disso. Aliás, já estava de saco cheio de viajar, querendo voltar pra casa. Além disso, eu tinha lido na lista do pessoal de Toulouse que já tinha gente voltando para casa...

Cheguei em Amsterdam umas 11 da manhã. Até descobrir como pegar metrô e onde era o albergue eu demorei um tempo. Acabei chegando lá perto de meio-dia. Encontrei os outros dois lá e descobri que de qualquer maneira a gente teria que esperar até duas da tarde para poder entrar no quarto. Fui então comer alguma coisa ali perto.

O quarto até que não era ruim. Encontramos uma garota polonesa que estava no mesmo quarto que a gente e um japonês. Perguntamos para ela o que era legal fazer na cidade e ela também não sabia. Assim, fomos ao lugar que mais queríamos ir, o museu Van Gogh.

Segundo o que me falaram, o museu Van Gogh de Amsterdam é o que possui uma das maiores coleções do pintor. Há exposições de várias épocas do pintor. Ele morou a maior parte da sua vida na França... Assim, várias das pinturas são de cenas francesas, algumas das quais eu já vi (tipo Paris em Montmartre por exemplo). Havia uma exposição que abriria no domingo dia 9 sobre as pinturas que ele e Gauguin fizeram juntos, e então algumas das mais famosas não estavam à mostra. Há os girassóis por exemplo, cujo quadro mais famoso não estava ali, mas havia outros... Eu não sabia que eles tinham feito uma quantidade tão grande de girassóis... Ainda tinha quadros de amigos de Van Gogh, entre outros.

Saímos do museu e voltamos para o albergue, para tomar um banho e descansar, já que uma das partes legais de Amsterdam é sair à noite. Depois de um cochilo saímos de novo para comer no Burger King (muuuito bom) e saímos direto de lá para fazer algo.

Uma das coisas que a galera queria ver era o Red Light District. Como a gente não sabia chegar lá seguimos um grupo que estava indo lá (e que estava gritando isso, daí o porquê de sabermos onde eles iam). Depois de muito andar, chegamos finalmente. Realmente é uma coisa engraçada, de ter mulheres semi-nuas sendo expostas como se fossem mercadorias. Tá certo que é como são classificadas, mas é meio estranho. Depois da primeira impressão, que é achar interessante, eu comecei a me sentir mal de ver as garotas se vendendo daquele jeito. Mas é realmente um jeito diferente de prostituição... Há também os lugares para se ver vídeos, stripteases, coisas do gênero.

Não ficamos lá muito tempo, e fomos para um bar tomar umas cervejas. Depois de muito demorar para decidir (e de ser barrado em alguns lugares por não estar com a roupa necessária), entramos em um bar pequeno, muito legal, cheio pra caramba... O único problema era todo mundo falando holandês e a gente não entendendo nada. Depois de umas cervejas a gente voltou para o albergue.

Acho que eu não tenho sorte com companheiros de quarto. A garota polonesa eu praticamente não vi entrar (ela chegou depois da gente). Quem não me deixou dormir direito foi a porra do japonês, que não parava de roncar. Esse conseguia ser pior que os indianos que me encheram em Florença... O cara não parava de roncar e era realmente alto. Eu e o Baiano não conseguíamos dormir e ficávamos fazendo barulho pra ver se o cara se tocava. A cada barulho ele parava, mas uns 10 segundos depois começava de novo... Que saco...