quinta-feira, fevereiro 28, 2002

Dia 31/01/2002

Tínhamos combinado ir a museus hoje. Claro que ninguém tem pique suficiente de ir a tantos museus quanto eu e o Daniel... Então fomos só nós ao primeiro, pela manhã: o museu Pergamo. Este é um museu com arte grega vindas da Itália, e de algumas ilhas gregas. Além disso, ele possui coisas da babilônia, de outros povos dessa parte como os sumérios e ainda tem um andar só com arte turca.

O ticket dava entrada a um audioguide. O meu infelizmente estava meio ruim, com o fone meio quebrado, mas eu fiquei com preguiça de ir lá trocá-lo... De qualquer forma dava para ouvir (só de um lado). A parte da Grécia é muito parecida com o que eu já tinha visto em outros museus, mas a Babilônia estava muito bem representada ali por um corredor de Hamurábi que eu já tinha visto em algum documentário... Parece até que eles roubaram o palácio inteiro, porque está tudo ali (mostrado até em uma maquete lá dentro como era na verdade). A parte de arte turca também é muito interessante, com direito a uma explicação de como o astrolábio funciona (finalmente!!) e várias pinturas e outros objetos baseados na religião árabe...

Depois de sairmos desse museu tínhamos que encontrar os outros que iriam estar esperando em um McDonalds na estação de trem (um lugar meio central na cidade) para irmos almoçar no restaurante universitário. Devido a um erro na leitura do mapa a gente acabou chegando uma meia hora atrasados, mas não tinha jeito mesmo...

O restaurante universitário era muito bom apesar das reclamações dos moradores de Berlim. Comi até muito bem... Ainda mais pro que estava por vir...

O próximo museu era o museu do checkpoint Charlie. Ele é basicamente um museu sobre o muro e sobre histórias relacionadas a ele. Eu achava que ele era pequeno o suficiente para eu ler todas as informações... Comecei a ler todas as tentativas (algumas bem sucedidas) de fuga do lado comunista para o lado capitalista... Finalmente fiquei de saco cheio. Mas o museu ainda tinha algumas surpresas. O andar de cima era ligado com outro prédio que ainda tinha bilhões de coisas falando da resistência de vários países do Leste Europeu ao comunismo (que ali estava com o papel de opressor), e pra aproveitar o tema colocaram outros casos de opressão do estilo, como a Índia (com o eterno Gandhi), os negros nos EUA (com o Luther King), entre outros. Ainda tinha mais um monte de ‘souvenirs’ da época do muro, com placas dizendo para manter distância, artefatos para conseguir pular a cerca de arame farpado (a ‘cortina de ferro’)... Tudo isso e ainda muitos vídeos (com direito a um da queda muito legal com o hino à alegria como trilha sonora)... Só isso já serviu para mandar o carioca que estava com a gente para casa (ele estava ‘cansadinho’... tadinho...).

Finalmente o terceiro museu. O museu judeu de Berlim. Apesar de me deixar muito puto por quase ter que ficar pelado na hora de entrar (eles devem estar com medo que um brasileiro mate mais judeus... eu hein) o museu era bem legal. Claro que era enorme. Entra-se por uma ‘casa’ meio nada a ver e há uma passagem subterrânea para o verdadeiro museu. Nessa parte subterrânea o arquiteto fez uma viagem: ele criou 3 eixos, sendo que um era o da continuidade (que levava para o museu propriamente dito), o do holocausto e um outro que mostrava para onde foram os judeus durante a sua perseguição (não lembro o nome...). O do holocausto é claro que é o mais bizarro. Ele mostrava objetos pessoais de algumas pessoas, e depois falava que elas tinham morrido em algum dos campos de concentração. Era muito estranho você ver uma foto com a pessoa feliz, outra com a família, cartas contando que ela estava conseguindo se dar bem na vida... e de repente o último parágrafo só tinha uma frase, mais ou menos assim: “Em 1942 essa pessoa foi levada para o campo tal e assassinada na câmara de gás.”. Ainda no final desse ‘eixo’ (que era um corredor na verdade) havia uma ‘torre’ onde o arquiteto (eles são malucos) queria mostrar o horror de uma câmara de gás. Eu fiz a besteira de entrar lá sozinho. Eu entrei, a mulher que estava cuidando da porta fechou-a, e eu fiquei no escuro... Não é normal eu sentir medo, mas aquele lugar me dava calafrios...

Fui então para o museu mesmo. Ele conta a história dos judeus desde o começo até hoje. A parte do holocausto é só no final. Ele fala muito sobre as origens e sobre a perseguição que eles sofriam desde o início dos tempos... Acho que judeus sempre tiveram problemas. Ainda tinha coisas falando sobre o hebraico, sobre as práticas religiosas, sobre judeus famosos em várias áreas... Muito completo, com auxílios áudio-visuais a cada 2 metros... Se a gente não tivesse que ir embora cedo acho que daria para ficar muitas horas por lá... Mas ainda tinha o aniversário do Daniel que seria comemorado em um restaurante e todos os outros estavam esperando.

Para o aniversário do Daniel fomos a um restaurante brasileiro rodízio que tinha em Berlim. O preço nem era tão caro quanto eu imaginava. Tá certo que a comida também não era grande coisa, mas estava muito bom por ser farofa com uma feijoada, arroz, maionese... Tava com saudade já desse tipo de comida. Aliás, por ser rodízio, acho que até exagerei. Só não comi mais porque no final já estava faltando várias coisas, entre salada, farofa e até feijão preto... Mas foi muito legal, com quase todo mundo de Berlim por lá...

2 Comments:

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