quarta-feira, março 06, 2002

Dia 03/02/2002

Voltamos para a Alemanha, indo para Dresden direto. Ficamos esperando um bom tempo na estação porque o amigo do Baiano que mora lá não estava lá ainda para nos pegar, mas isso foi arrumado logo. Chegamos na casa dele, deixamos as coisas e depois de conversar um pouco pegamos o ônibus para ir para o centro.

Dresden parecia a principio ser uma cidade bem bonitinha. Tinha uma praça central (como sempre) que tinha sobrevivido à guerra, com um monumento no meio e vários prédios importantes em volta, como a catedral, a ópera e o Zwinger. Este último é o que abriga o museu de arte, um museu de armaduras e um jardim muito legal (mesmo no inverno). Entramos no museu para ver a obra do Rafael, a Madonna, com os anjinhos muito famosos. Apesar de eu não saber onde isso estava eu sempre quis vê-los. Na minha ignorância artística eu sempre achei que era só eles em uma pintura, mas na verdade eles são um detalhe de uma pintura grande. Ou seja, eles são uma porcariazinha no canto de um quadro. Mas valeu a pena. O que eu fico puto é ter um museu daquele tamanho só em alemão. Eu não entendi nada, claro.

Depois andamos um pouco pela cidade, conhecendo os prédios, a igreja que estava sendo reformada (que aliás não é bem a palavra... reconstruída seria melhor porque a igreja foi toda destruída e só ficaram entulhos)... Aí finalmente encontramos os brasileiros que moram lá para nos levar a um lugar onde vendem kebabs. Não que isso seja anormal, mas disseram que aquele era um dos melhores que existem. Cheguei lá, ganhei um chá verde (muito bom), e pedi o maior sanduíche. Eles tinham avisado que era muito grande, mas eu não tinha noção do que muito grande significava. Aquilo dava uns dois pratos de tão grande. Eu quase morri comendo... Ainda bem que estava com fome. O kebab que eu tinha comido em Berlim era muito bom mas esse era o melhor que eu já tinha comido na Europa. Aliás, quem não sabe o que é kebab deveria conhecer...

O resto do dia foi só ficar passeando mais um pouco, ir ao mercado comprar uma comida e fazer o jantar. Depois de muito discutirmos a gente decidiu que eu iria para a Bélgica, já que o Baiano e a Maíra resolveram ir para Salzburg (que eu já tinha visitado), e a gente se encontraria em Amsterdam no albergue. Vimos os horários de trem bonitinho e reservamos o albergue (que já estava cheio...). Assim, depois de comer, fui para a estação (sem ter conseguido reservar a passagem...) e passei a terceira noite seguida dormindo dentro de um trem.