sexta-feira, março 01, 2002

Dia 01/02/2002

Hoje eu, o Baiano e a Maíra resolvemos finalmente o que iríamos fazer no dia seguinte... Um dos meus problemas era justamente o que eu ia fazer nos próximos dias, já que voltar para casa não estava sendo uma opção muito interessante, especialmente porque a passagem era mais cara e as aulas estavam só começando de qualquer maneira... Eu poderia ficar viajando mesmo... Então deram a idéia de ir para a Polônia. Eu até gostei da idéia. Isso me deixaria a opção de não visitar o campo de concentração que fica no lado de Berlim e ir visitar Auschwitz, o maior deles...

Assim, opção feita, fomos lá comprar as passagens, já que iríamos sair da região do passe. Quase que valeu a pena ter comprado mais essa região, mas uma vez comprado o passe a gente não pode mudar... Então não tinha outra opção. De qualquer forma a gente estava indo em camas na ida (durante a noite, claro), e voltando na noite seguinte (nem iríamos dormir lá...). De qualquer forma isso nos deixava livres para fazer o que quiser nesse dia...

Fomos então só nós três visitar mais coisas em Berlim, já que o Daniel iria voltar para Toulouse mais cedo e não poderia dar essa ‘escapada’. Logo do lado da residência da galera ficava o estádio olímpico, das olimpíadas de Berlim de 36 (aquela que o americano Jesse Owens, negro, ganhou da raça pura ariana...). O estágio está sofrendo reformas e não podíamos entrar... Foi só ver de fora mesmo.

Ainda queríamos ir na coluna da vitória, uma coluna construída apontando para Paris para comemorar a vitória sobre os exércitos de Napoleão. Foi construído pelos absolutistas da época que não gostaram muito da história de os franceses dominarem a Europa... Tinha que pagar para subir, mas como a gente não estava fazendo nada de mais mesmo fomos até lá em cima. Mais um monte de escadas (pelo menos era divertido porque tinha muitas pixações e era engraçado ficar lendo) para ver uma vista não tão bonita, já que Berlim não tem muitas construções bonitas...

Fomos então comprar algum souvenir de Berlim (eu só tinha comprado alguns postais). Foi aí que começaram a ter idéia de comprar pedaços do muro. Eu até não fazia questão mas se eu achasse algum pequeno e com cara de verdadeiro eu iria comprar. A gente não achou... Só o Baiano que conseguiu quebrar um pedaço gigante do muro que estava na loja e acabou levando um pedaço no bolso...

Voltamos para casa e, depois de alguns problemas com a chave que tinha sido deixada dentro da caixa de correio já que o pessoal ia viajar (acabou que não viajaram por não conseguir alugar carro), encontramos com o Daniel, fizemos o resto da comida que a gente tinha lá e fomos para a estação... Comprei umas coisas para o ‘jantar’ no trem e entramos nele. Na nossa cabine tinha mais umas outras pessoas, em particular uma mulher que eu não agüentava mais porque ela ficava o tempo todo falando no celular (até umas 2 da manhã...). A Maira coitada não conseguia dormir porque além de não conseguir dormir com o barulho ainda não conseguia tampar a cara pra não bater luz... Eu dormi como uma pedra... Até que me acordaram no meio da noite pra pegar comida que estava comigo... Fora isso eu dormi muito bem.