Dia 27/01/2002
A rotina de acordar mais ou menos cedo continua, para poder pegar o café da manhã. Aliás, um dos melhores cafés da manhã de albergues da minha vida. Era muita coisa diferente, com direito a ice tea, refrigerante (não que eu tomei coca de manhã, mas é bom ter a opção), suco de laranja, pão à vontade... Muito bom... Comi muito...
O programa não estava muito bem definido. Na verdade a gente não sabia o que fazer ali na cidade e nem sabia se iria para outro lugar na Suíça para visitar... Acabei gostando mais da idéia de ficar em Lausanne, visitar a cidade e só depois ir para Zurich, que era um destino certo. A cidade em si não parecia ter muita coisa... Claro que o fato de estar chovendo não ajuda nenhuma cidade a ser escolhida como a mais bonita do mundo... Até tinha uma igrejinhas e uns museus, mas... Como saber o que ver em uma cidade assim? A mulher de informações turísticas tinha dito para ir ao museu olímpico e ao museu de arte bruta. Bem, o museu olímpico estava fora de questão por ser caro e por todo mundo ter falado que era mais ou menos... Tentei até ir ao museu de arte dali, para ver um pouco da arte suíça (nem sabia que existia muita coisa), mas ele estava fechado. Fomos ao museu de arte bruta...
Esse museu é bem interessante. É uma exposição de trabalho de pessoas que nunca tiveram uma instrução em arte, ou seja, nunca freqüentaram uma escola de arte ou algo do estilo... Na verdade ou são pessoas que quando se aposentaram resolveram fazer alguma coisa diferente e fizeram esculturas ou algo do estilo, ou eram pessoas consideradas loucas e que no manicômio começavam a pintar ou a fazer outras coisas do estilo... O resultado é impressionante. Tem obras ali que eu acho que mereceriam estar em galerias de arte... Que colocam o tal de Miró no chinelo (que, convenhamos, era um nulo quando ia pintar algo). Bem, gostei muito da visita. Acho que é uma das coisas que eu não iria ver em outro lugar.
Terminamos a visita a Lausanne e fomos para a estação. Peguei um trem para Zurich, e lá estávamos... Com chuva. Fui até as informações turísticas de novo e perguntei o que eu poderia fazer em 2 horas. O cara me deu o mapa da cidade e marcou um caminho para seguir... Lá fomos nós, com uma chuva bizarra, conhecer a cidade... Conhecer não, dar uma andada... Eu pra dizer a verdade nem achei alguma coisa que merecesse uma foto, de tão feio que tava o tempo. Ainda bem que no dia anterior eu tinha pegado um sol, senão eu ia achar a Suíça um país muito horrível.
Voltei à estação, comi um sanduíche e comprei finalmente uns chocolates suíços, claro... Hmmm... Estava bom... A viagem agora seria um pouco maior, pois íamos finalmente para a Alemanha. Logo no primeiro trem alemão (que pegamos em Basel) já tive que pagar um suplemento do trem... 3,60 euros voaram... O próximo trem também teria, mas o controlador acabou deixando passar. Aliás, esse trem foi um ICE, o trem rápido da Alemanha, e no qual a segunda classe parecia a primeira dos trens que eu já vi... Umas cadeiras enormes, lugar pra pendurar casaco, televisão... Muito show.
Finalmente chegamos à Darmstadt, primeira parada na Alemanha. A gente iria ficar na casa de um outro amigo do Daniel lá de São Paulo. Ele foi buscar-nos na estação de carro porque ele ainda estava com o carro alugado... Bem tranqüilo heh. Ele nos levou pra sua residência e estava lá com a sua namorada suíça (alias, que chato ficar no quarto do cara hehe). Achei muito legal o esquema da residência, mesmo sendo com banheiro e cozinha comunitário. No caso, tudo era muito limpo... O banheiro era limpo uma vez por semana e era limpíssimo. A cozinha então... Cada um com as suas coisas guardadas em armários sem chave, e a geladeira totalmente comum, cada um usando suas coisas. Isso não daria certo na França não... Eu lembro até hoje do vinho de 12 euros que me roubaram quando eu esqueci o cadeado da minha geladeira aberto...
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