quarta-feira, novembro 14, 2001


Dia 27/10/2001

Realmente acordamos cedo, mas não saímos tão cedo quanto imaginávamos. A Júlia nos arrumou um café da manhã sinistro, cheio de coisas, mas a gente demorou tanto tempo comendo... Ainda por cima tínhamos que achar onde iríamos pegar o carro que tínhamos alugado. Fomos sem as coisas para depois voltar e catar tudo (mais fácil). Só que como a gente não sabia a altura do número, acabamos descendo pontos antes do metrô, e com medo de passar fomos a pé mesmo... Demoramos bastante, e estava bastante frio... Mas finalmente encontramos, e ganhamos um Fiat Punto. Voltamos para a casa da Júlia e pegamos as coisas, nos despedindo... Não iríamos encontrá-la novamente no próximo dia que iríamos passar em Viena.

Pegamos a estrada para Salzburg, passando por um laguinho (várias fotos de paisagem muito bonitas!), chegando lá um pouco tarde já... Depois de um trabalhão achando um lugar para estacionar corretamente (não estávamos querendo levar uma multa de bobeira na Áustria, apesar de na saída de Viena eu ter notado uns flashs...) só deu tempo de visitar a casa onde a família do Mozart morava, e onde ele nasceu... Há um pequeno museu com as coisas que restaram da família lá, entre cartas entre membros da família e instrumentos que o jovem Mozart usou... Não podíamos tirar fotos (mas tirei assim mesmo quando consegui, sem flash...). Havia também uma outra parte que falava de Salzburg na época de Mozart, quem mandava por lá... Essas pequenas coisas...

Perdemos a chance de entrar em uma galeria de arte por causa da hora também... Já eram 5 horas quando a gente resolveu ficar só andando por Salzburg mesmo. Tiramos foto na praça principal e fomos às igrejas, especialmente à catedral de lá. Na entrada há três datas, datas que a catedral foi (re)aberta. Durante a segunda guerra os aliados destruíram uma boa parte da catedral, e ela teve que ser toda reconstruída... O resultado é impressionante... O teto parece que foi feito para dar um efeito de profundidade, e ele está todo pintado de branco, com os contornos em preto (que não é tinta preta, mas são partes que não foram pintadas), criando um efeito impressionante... Infelizmente não fui capaz de colocar isso em uma foto... Depois da igreja ficamos passeando um pouco pela praça (tirando até uma foto do castelo que iríamos visitar no dia seguinte), mas resolvemos sair logo para tentar encontrar um camping. É, um camping. Eu tinha comprado uma barraca e tinha levado para que pudéssemos gastar um pouco menos com estadia ficando em campings durante a viagem quando pudéssemos, especialmente nas noites em que estaríamos com o carro. Claro que daríamos prioridade a lugares próprios para isso, com banheiros e chuveiros com água quente, mas caso não encontrássemos poderíamos dormir em qualquer lugar. Como a alta temporada já acabou, alguns campings estão fechados, como foi por exemplo o caso do primeiro que a gente encontrou. Tava tudo lá abandonado, a não ser por uns trailers que estavam por lá, mas não daria para ficar assim de primeira num lugar desses. Tentamos o próximo, e esse estava aberto. A gente paga cerca de metade do que pagaria num albergue, e dependendo vale a pena. Montamos pela primeira vez as duas barracas, coloquei dentro de uma delas meu colchão inflável e meu saco de dormir. Como ainda estava cedo e estávamos com fome, ainda fomos dar um passeio em Salzburg para comer alguma coisa e tirar fotos à noite. Com a minha câmera realmente não dá pra tirar fotos, mas com a do Ivan (usando tripé) fica legal... Ficamos uns minutos na praça tirando fotos do castelo, e depois fomos procurar algo pra comer. Encontramos um kebab que estava com um preço convidativo, e foi o jantar do dia... Voltamos para o camping pra tomar um banho e cair no sono (bem agasalhado, claro).