Dia 09/08/2001
Hoje foi o dia em que iríamos conversar com alguém da catedral aqui de La Rochelle, para fazermos a primeira entrevista. Inventaram aqui que teríamos um trabalho final, que deveria ser uma redação e uma apresentação sobre alguma coisa relacionada a La Rochelle... A gente acabou escolhendo a catedral, que é muito interessante no caso... A garota que trabalha lá na igreja (que está fazendo isso como trabalho de verão!?!?!) nos disse que só amanhã teria um senhor (que não me lembro o nome) que saberia nos explicar tudinho... Amanhã voltaremos então...
Na volta, o Eric (que é do meu grupo do trabalho final) foi buscar uma câmera fotográfica que ele havia encomendado... Chegando lá, o vendedor disse para irmos encontrar um cabeleireiro que ficava perto da loja dele... Ele dizia que o cara já tinha morado muito tempo no Brasil, e que tinha o Brasil no coração. Fiquei curioso para saber do que se tratava (obviamente não tinha entendido tudo que o cara tinha falado) e fomos até lá. Entrando no lance lá, perguntei pelo nome dele (Jean-Paul, how nice) e o cara logo falou “Vocês são brasileiros, né?”... Ou meu francês é muuuito ruim, ou minha cara é muito de brasileiro, não é possível! Eu não tinha falado nem duas palavras direito! Mesmo assim, o cara pareceu gente boa, falou que tinha ido várias vezes ao Brasil porque ele dá cursos para aqueles cabeleireiros mais sinistros, e faz workshops e coisas assim pelo mundo. Como sempre, em relação ao português, ele também falava muito mal o português (eu falo beeeeem lalala), mas a gente se entende sempre heh. Ele nos convidou (a outros brasileiros também) para ir à casa dele para beber alguma coisa da região (aqui tem o pinneau, que é uma mistura de cognac com vinho, e depois colocado para fermentar. Fica muuuito bom!). A gente não combinou de cara, porque a gente nunca sabe o que faz aqui à noite... Vamos ligar qualquer dia para ele e beber de graça.
Chegamos na hora de tomar um banho e ir para o boliche. Novamente a faculdade nos leva a algum lugar sem que precisemos pagar alguma coisa... Fizeram equipes de 7 pessoas lá na faculdade, e fomos os brasileiros no boliche. O nosso grupo foi formado meio na sorte (eu só fui saber qual era o meu grupo depois), mas foi muito maneiro. A gente zoou muito, porque eram 18 pistas só do pessoal da faculdade, cada uma com 6 ou 7... Imaginem só a quantidade de barulho que a gente fez... E toda hora tinha alguém fazendo alguma merda, ou indo muito ruim no boliche... Tinha um que tinha jogado 6 bolas e feito nenhum ponto. Na 7a a gente resolveu começar a sacanear. Obviamente, ele errou. Na oitava, com metade da galera olhando, ele finalmente conseguiu acertar UM pino. Foi a glória. TODO MUNDO gritando “CADU, CADU”. O pior nem foi isso... Há um espanhol que se chama Xavier (que em espanhol se pronuncia xabier), e a galera o chama de xabi. Pra que... Toda hora ele faz uma merda (o cara é maluco!) e a gente fica gritando XABI XABI XABI! (falem isso rápido e vejam o resultado)... todo mundo (os brasileiros óbvio) ficam rindo que nem malucos. Tem uma foto dele aqui . Ele é o que está olhando pra câmera, lá embaixo.
Depois resolvemos ir comer no McDonalds (sem chance de ir fazer comida 9 e cacetada da noite), e fomos direto para um bar para beber... (mais uma vez no Lou-Foc).
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