domingo, julho 29, 2001

Dia 28/07/2001 - Continuacao....

Fomos ao “Couleurs Brésil”, que é um filme de 360 graus sobre o Rio de Janeiro, as Cataratas do Iguaçu, e outras coisas... Muito ruim o filme. Além de ficar mostrando Candomblé como se fosse a religião predominante do Brasil, ainda mostrou o Carnaval nos piores dias, o Cristo sendo reformado e o Maracanã no dia de um jogo Vasco contra Palmeiras... (!). Assim não dá. O Brasil já está com uma imagem aqui fora muito ruim, e ainda fazem um filme merda desses... Pelo menos foi legal pela iniciativa do pessoal da Embratur, que patrocina a atração. Pelo que a guia falou, essa atração já está lá há uns 8 meses, com bastante sucesso. Fico feliz de ouvir isso.
Segundo o pessoal, acabamos indo ver o “Kiwi Magic”. Era tipo uma historinha que tinha como pano de fundo a Nova Zelândia. A historinha era fraquíssima, mas as paisagens são maravilhosas... Coisa de cartão postal mesmo. Era meio chato, mas acho que os que fizeram o filme do Brasil deveriam aprender com o pessoal da Nova Zelândia...
O próximo foi o “T-Rex”. Mais uma atração 3D (iupiiiii). Ainda por cima, a tela não era somente uma tela IMAX normal... Estávamos dentro de um globo, e aí a projeção enchia todo o campo visual... Muito legal. A historinha era de uma garota que voltava no tempo e via o tiranossauro rex cara a cara várias vezes... As cenas dos dentes do dinossauro no meu lado foram bem realistas, mas no final apareceu um filhotinho de tiranossauro espantando um gatinho, e aí o filme perdeu sua credibilidade (credibilidade?? Num filme de dinossauro?? Onde???).
Seguindo a ordem das atrações que achávamos legais (não daria pra ver tudo mesmo...) chegamos ao “Atlantis”. Era mais uma atração 3D (tínhamos combinado ver todas as atrações 3D pelo menos...) e com a cadeira que mexia. Foi super legal do ponto de vista de imagem/movimento, mas foi muito pouco tempo, e não entendi historia nenhuma heh. Era meio que uma corrida de naves querendo chegar a Atlântida, eu acho. Como sempre, várias coisas voavam em minha direção, e naves tiravam fininho, e coisas do estilo...
Resolvemos parar para almoçar nesse momento, então recomeçaríamos tudo lá da entrada (onde havia ficado nossas coisas). Como estava mais perto, fomos ao “Le Tapis Magique”. A idéia é muito interessante, porque é uma tela em cima, e uma tela projetada embaixo dos nossos pés. O chão é todo de vidro para que pudéssemos ver a tela embaixo (óbvio, porque senão ela seria inútil...). É para dar a impressão de estarmos voando e vendo a imagem abaixo de nós também. Como eu disse a idéia é boa, mas inventaram a história de uma borboleta voando pela América do Norte, e não utilizaram muito as imagens embaixo... Eu acabei cochilando uns pedaços (depois de acordar cedo ficar vendo a borboleta voando era o máximo não??). As únicas partes interessantes do filme eram as cenas onde havia bilhões de borboletas... Muito bonitas as cenas, parecia feito em computador de tão irado.
A próxima atração que havíamos escolhido demoraria meia hora para começar. Por isso, paramos no caminho em um lugar que tinha holografias e coisas do estilo (como o parque é sobre imagens e coisas do estilo, tudo a ver). A gente ia passando pelas holografias, e tinha uma mais irada que a outra... Havia umas holografias que a gente achava que era o objeto preso lá dentro, de tão real que parecia... Principalmente umas que mostravam uns crucifixos (eram da família real russa...). Havia uns também que mostravam uma seqüência de imagens (palmas para um leão que abria e fechava a boca, com vários quadros intermediários... parecia um filminho). Só não decidi comprar alguns porque... Francos e mais francos! Hah! Eles aproveitam para roubar nosso dinheiro :).
Fomos ao “Aliens en Delire” (mais um cinema 3D), que era sobre a invasão de aliens ao Futuroscope antes de ele ser aberto ao público. Acho que até deveria ser divertido, porque as pessoas ao meu lado riam sem parar. Mas, como eu não entendo o humor que os franceses gostam (eles gostam de pastelão como ninguém) e não entendia o que os aliens falavam (não entendo alguém normal falando, imagine alguém com voz distorcida e falando rápido...). De qualquer forma, estávamos cansados já (era a penúltima que iríamos ver) e todo mundo tava quase dormindo.
Encontramos um outro grupo que tinha se separado da gente na porta do “Metrópole Défi”. Tínhamos deixado esse para o final porque é mais perto da saída, e se terminasse depois do horário marcado poderíamos correr até o ônibus. Deu tempo de sobra na verdade. A atração é super interessante. O grupo de pessoas na platéia é dividido em dois, os azuis e os amarelos. Cada pessoa está com um óculos 3D (óbvio! Não poderia deixar de ser!) e dois bastões que brilhavam na luz negra: o vermelho na mão esquerda e o amarelo na direita. Com isso, a gente poderia mover uns troços no filme. Havia uma competição entre os dois lados da platéia, e quatro etapas. As três primeiras cada grupo ficava levantando o bastão vermelho para a nave na tela ir para a esquerda, e levantando o bastão amarelo para a nave ir para a direita. Era super divertido, porque a maioria errava, e a gente só virava quando quase todo mundo tinha colocado pro lado certo. Foram boas risadas e tal. O mais engraçado foi a última etapa, porque era uma corrida entre as duas naves (ou seja, ao mesmo tempo! Duh!). Para fazer a nave andar, todos tinham que ficar balançando os bastões para cima e para baixo, sincronizados (fomos descobrir isso só depois..). Era muito engraçado de se ver isso. Um monte de marmanjo balançando dois bastões coloridos para cima e para baixo e gritando “VAAAI VAAAI” era algo que eu não poderia perder! Obviamente perdemos (tinha menos pessoas no lado azul, não sei se tem algo a ver, mas tinha! Desculpa de perdedor, óbvio). De qualquer forma, foi divertido pra caramba. Nessa eu não dormi, vejam só! Hah.
A saída foi mais uma vez um parto. Sempre há os brasileiros que esquecem do horário, e que não chegam exatamente na hora combinada. Assim, deixamos o grupo de malaios esperando pela gente... (normal, nem tenho mais vergonha, de tantas vezes que acontece :)). Três resolveram ficar lá para ver o resto do parque e visitar Poitiers no domingo. Eu não quis ficar não... Primeiro que ia ser um saco para sair do parque (é cerca de 7 quilômetros da cidade), e depois porque não tinha nada que eu queria ver muuuito na cidade (só tem mais igrejas, como sempre! Heh). Resolvemos voltar com o ônibus, porque La Rochelle é bem mais divertido ao meu ver...
Depois de um dia ‘estressante’ como esse, nada como uma pizza... Peguei uma daquelas pizzas super cheias de queijo e de tomate que eu falei lá em cima, e coloquei no forno. Achei que eu iria ficar com fome, mas aquilo parece uma massa disforme que toma conta do estômago (alguém lembra do filme “A coisa”?). Foi bizarro. 300 g de pizza e eu jogando minha toalha... Tsc tsc.