quarta-feira, agosto 08, 2001

Dia 07/08/2001 – 01:30 AM

Acabei de voltar do Lou-Foc, que virou um bar tradicional dos brasileiros. Depois de ficar andando no centro que nem umas baratas tontas no centro procurando celular (o pessoal daqui agora quer comprar também... os brasileiros em Royan estão com uns 6 celulares...) na chuva, encontrando várias lojas fechadas (não sei porque, mas aqui na França várias lojas fecham na segunda feira, para poder abrir no sábado... o pessoal daqui não gosta muito de trabalhar não...) tínhamos que sair... Ainda por cima não encontrei aberta a loja de celular para reclamar do meu, que não consegue receber mensagens pela internet... Eu já fui na página para me cadastrar (agora acho que vou ter que pagar por mensagens recebidas...), mas ele diz que eu não sou cliente da Bouygues Telecom... Como não? Tou há quase duas semanas recebendo ligação nele, ligando, e não sou? Não entendi muito bem isso não... Talvez eu tenha que habilitar alguma coisa e não saiba... Pelo menos no centro há várias livrarias, com livros que valem muito a pena comprar... Há vários livros bons por 10 francos (cerca de 3 reais!!!), sendo que ainda comprei um com capa dura por 30 francos... Acho que vou ter que ficar com mais cultura aqui na França... ainda mais lendo livros em francês... Já tem uns 4 na fila para ler, sem contar com os livros que o resto do pessoal comprou... Desse jeito eu vou ter que ficar preso no meu quarto, com um dicionário do lado, e ler durante um ano...
O legal da noite foi descobrir que tem uma máquina para jogar dardos eletrônica lá no Lou-Foq que custa só 5 francos... Muito maneira a máquina, porque ela conta automaticamente os pontos, e já vê se chegou ao final ou não. Isso é muito bom se for levado em conta que não sabemos as regras. Eu só sabia que se você joga o dardo em uma faixa tal do alvo, você ganha tantos pontos, podendo dobrar ou triplicar se acertar nas faixinhas coloridas. Jogamos um lance que a gente tem que chegar a 321, sem poder passar. Se passasse de 321, o placar voltava o tanto que tinha ultrapassado... Eu consegui ganhar meio na cagada mesmo do Gustavo que está aqui também (acertei certinho o último dardo... muito sinistro eu hein!). A noite não prometia nada, porque chegamos (os 5 brasileiros), e só tinha 2 estrangeiros (que a gente não falava...). Ficamos lá um tempinho e de repente aparece uns 20 estrangeiros (e mais 2 brasileiros)... Acho que é a melhor etapa do aprendizado de francês, porque obriga a gente a falar muito, a contar histórias da sua a vida, a sacanear os outros, tudo em francês... Existe, é claro, um pessoal que resolve do nada falar inglês, mas é por pouco tempo. Há alguns dos estrangeiros que resolveram agora sempre sair com os brasileiros, porque o pessoal das outras nacionalidades geralmente volta para casa cedo, preocupadíssimo com a aula do outro dia... Brasileiro geralmente não se preocupa muito, e se não der para ir à aula, não vai mesmo... Ainda mais porque a gente não paga o curso (e eles pagaram cerca de 1000 dólares por esse mês).