Dia 04/08/2001 – 09:10 PM
Hoje o post vai ser um pouco grande, porque vou escrever de ontem e hoje. A princípio, a sexta feira não tem aulas à tarde, mas ontem houve, porque houve o torneio das nações ontem... Mesmo assim, depois disso ainda fomos à internet e depois fomos ao Champion para comprar o jantar de ontem e o lanchinho que iríamos levar na excursão hoje... Eu acabei comprando um monte de besteira também (cookies, batata Pringles, um queijo muzzarela...). Os jantares são os tradicionais raviólis de lata que estávamos comendo (e pelo jeito vamos continuar... heh). Depois do jantar, foi praticamente cair na cama e dormir (alguns não seguiram essa corrente e saíram ontem à noite, mas eu já estava cansado e não queria ficar dormindo no passeio).
O passeio começou mais tarde que no outro dia. Chegando lá no Tecnoforum, estavam todos (até mesmo os malaios, que eu não sabia que iriam). Escolhemos um dos ônibus (o que estava menos cheio de malaios), e fomos. A maior parte da galera foi para o outro ônibus, então a gente ficou meio forçado a conversar com as pessoas...
A primeira parada foi na pequena cidade de Rioux, que fica perto até de La Rochelle. A gente foi lá para ver como é uma típica cidade francesa, com sua igrejinha, sua prefeitura... Seria como no Brasil, mas a única diferença é que a igreja da cidade, ao invés de ter menos de 100 anos foi edificada pelos romanos... Ou seja, é só um pouquinho mais velha... Não havia nada de mais na cidade, então só ficamos por lá uns 20 minutos, e partimos para o Chateau des Énigmes, que era o que iríamos fazer na manhã de hoje.
Vou explicar mais ou menos esse Chateau des Énigmes. Eles pegaram um castelinho que havia por aí (eu acho que era autêntico pelo menos...), e colocaram no castelo e nos arredores dele vários pequenos enigmas (em francês...), e teríamos que resolver, em grupos, os enigmas, para depois ir lá no computador e ver as pistas para o enigma final. A gente tinha tão pouco tempo para ficar lá, acabamos não resolvendo tudo. Como eu disse antes, ficamos em um ônibus em que a maioria não era brasileira... Então fizemos grupos para que o mínimo possível de pessoas da mesma nacionalidade ficassem juntos. Assim, daria para ficar conversando com pessoas diferentes... Já estou meio cansado de ficar falando só em português. Assim, o meu grupo se formou: uma irlandesa (que não lembro o nome...), a Bettine (alemã), o Ingolf (alemão também), a Evelin (belga) e eu. A Elodie participou também porque do nada apareceu e estava sem grupo. A gente foi atrás dos enigmas (que muitas vezes eram difíceis porque eu não tinha levado o meu dicionário), mas vários a gente teve que chutar mesmo. Levando em conta que a única animada era a Belga (os alemães e a irlandesa achavam que era muito coisa de criança, ficavam reclamando o tempo todo), foi bem legal... Eu até que gostei, deu para passar o tempo e se divertir um pouco.
A próxima parada seria em uma pequena fazenda, onde eles iriam nos dar uns pratos típicos da região. Eu comi o meu almoço (pão com mortadela e o muzzarela que eu achei) e fiquei esperando as comidas típicas (e a cidra, muito boa, que veio depois...). Eu só achei lugar em um canto lá do lado dos brasileiros, mas fiquei na frente de uma americana que está aprendendo espanhol (a Robin do jogo de vôlei lá em cima) e uma espanhola que estava aprendendo inglês. Obviamente quem ler isso vai se perguntar “o que diabos leva uma pessoa a estudar inglês ou espanhol na França?”. E, obviamente, eu tive que perguntar isso também, mas em inglês, porque as duas não sabiam nada de francês... Elas disseram que há um programa de intercâmbio entre EUA e Espanha, e que eles juntaram o grupo de intercâmbio antes em um só lugar, para o pessoal se conhecer (um vai ficar na casa do outro, se não me engano). O problema é que escolheram um país que não fala nem uma nem outra língua... Eu acho que eles devem ter escolhido um lugar neutro, para que nenhum dos grupos treinasse fora da faculdade... só pode ser... O engraçado é que eles vão em todas as excursões, mas não entendem nada do que o pessoal explica dos lugares... Qual a graça? (se bem que eu ainda não entendo tudo também, mas pelo menos é o meu objetivo heh). O que eu achei mais engraçado foi a nossa dificuldade de falar inglês. Eu por exemplo mandava váaaarias palavras de francês no lugar de inglês... Acho que estou começando a aprender mesmo, mas estou esquecendo o inglês hehe. Várias vezes ao invés de falar “Yes” falei “Oui”, ao invés de falar “Too" falei “Aussi”, ao invés de falar “There is” falei “Il y a”... O pior foi uma hora que eu falei que a gente ia ficar “six semaines” aqui em La Rochelle, e não percebi que isso não era inglês... Depois de falar umas 3 vezes “semaines”, a espanhola me avisou que eram “weeks”... Que papelão :)
A nossa próxima parada seria o Zôo de Las Palmyres, mas acabamos não indo... (buaaaaa). Esse fim de semana é o primeiro de agosto, e as estradas estão cheias de franceses que estão vindo para as praias durante as férias. Assim, acharam melhor não irmos para o zôo e ficar presos horas no transito. Ao invés disso, nos levaram de volta para Rioux, onde iria acontecer um casamento à moda antiga... Fomos e vimos, mas não houve nada demais... só bebi um vinho (não bebi o que eu queria, que era o Pinneau, uma bebida típica da região... a galera queria ir embora logo).
Na saída dessa cidade, houve uma votação de quem queria voltar para casa, e quem queria visitar uma última cidadezinha. Como eu não tinha nada para fazer em casa, eu resolvi pegar o outro ônibus e aproveitar a visita à cidadezinha (inha mesmo, porque não tem NADA lá heh). A única coisa que existia lá para ver é uma pequena igrejinha, de séeeculos atrás, que está construída na praia, com umas paredes protegendo da água do mar. É até bonita e tal... Havia uma missa lá, mas não consegui ouvir o padre falando. A única coisa legal mesmo dessa viagem até lá foi a gente ter encontrado alguns brasileiros de Royan, que também estavam lá em uma excursão, e trocar umas idéias sobre nossas próximas viagens... O mundo se torna pequeno novamente hehe.
A volta para casa foi ridícula. Fiquei naquele estado zumbi de a cabeça ficar balançando enquanto eu dormia/não dormia, e cheguei em casa com o pescoço doendo. Da próxima vez vou encostar a cabeça no vidro, como me aconselharam.
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