quarta-feira, agosto 22, 2001

Dia 17/08/2001

Estou escrevendo sobre todos esses três dias, e até sobre o dia 20 apenas hoje, dia 21... Eu cheguei muito cansado da viagem no dia 19, e aproveitei para tirar o sono perdido na segunda feira. Por isso, estou aqui agora tentando colocar o máximo de coisas que eu lembro dessa pequena viagem... Acho que se eu fizer uma grande viagem ou eu vou ter que levar o notebook, ou vou ter que escrever a mão pelo menos os pontos principais, para que eu possa depois reproduzi-los... Por enquanto, 3 dias está tranqüilo para lembrar, principalmente porque outras 3 pessoas (meus acompanhantes no carro que a gente alugou) fizeram quase que exatamente as mesmas coisas que eu.

Bom, vou dividir em dias como sempre para ficar tranqüilo...
A sexta feira, que é exatamente o primeiro dia de viagem, já começou mal. Tínhamos reservado um carro, e pensávamos que iríamos acordar o mais cedo possível, e pegar a locadora abrindo mais ou menos oito da manhã, e partir para a estrada... Mas obviamente que não foi bem assim. Eu, sempre responsável, acordei 6 da manhã para arrumar minha mala que ainda não estava pronta (e eu havia chegado perto de 1 e meia da manhã em casa). Como sempre, cheguei exatamente no horário no local combinado, que era lá embaixo. Os dois que estavam responsáveis pelo carro resolveram sair aquele horário, para pegar a loja abrindo, e trazer o carro para a residência para colocar as coisas. Achei uma ótima idéia, principalmente porque a gente não teria que levar todas as coisas nas costas até o centro da cidade. Mas, como sempre, não demorou apenas 45 minutos, que era mais ou menos o tempo que eu achava que ia demorar... Demorou 2 horas, e todo esse tempo o babaca aqui ficou lá embaixo esperando juntamente com o quarto integrante do grupo... Tudo correu bem no final, e veio um Twingo para a gente. Puxamos o banco traseiro lá para trás, para ter mais espaço, e aí quase não tínhamos porta malas... Como não tínhamos malas, não houve problema. Um detalhe interessante foi que o nosso grupo tinha reservado um carro há uns 3 dias e recebemos um Twingo. Os outros dois grupos, que deixaram para pegar o carro praticamente no dia receberam um Clio e um Pólo (o gol daqui), sendo que esse único ainda era a diesel... Ou seja, moral da história: às vezes não vale a pena planejar muito...

Partimos rumo ao vale do Loire. Durante toda a viagem, o único que pilotou foi o Daniel, apesar de os outros três estarem dispostos a dividir. Sem problemas para mim, que podia dormir um pouco também sentado no banco de trás. Os dois que ficaram na frente foram bastante responsáveis e muito organizados, traçando caminhos no mapa da região (o guia Michelin é muuuito bom), e até usando uma bússola às vezes para ver se estávamos no caminho certo. As estradas na França são divididas em três tipos: auto-routes, nacionais e departamentais. As auto-routes são estradas com duas ou três pistas de cada lado, que têm uma série de facilidades como postos de gasolina a cada 30 ou 40 quilômetros, telefone para emergências a cada não sei quantos quilômetros, e outras coisas do estilo. Só que têm pedágio também, que em geral é bem caro (não pegamos uma para descobrir ainda). As nacionais são também estradas muito boas, mas que geralmente passam por cidades, mas têm poucos desvios. Já as departamentais são bem pequenas, mas são as únicas que a gente pode pegar para entrar em todas as cidadezinhas. Ficamos apenas nessas duas últimas, para não ficar pagando pedágio, já que as distâncias a percorrer não eram tão grandes assim para justificar o pagamento do pedágio. De qualquer forma, todas as estradas aqui na França são bem sinalizadas, e as placas são bem explicativas... Com a ajuda do mapa, que tem todos os números das estradinhas (mesmo as mais pequenas), a gente quase não se perdeu.

Viajando tranqüilamente em direção a Tours, do nada apareceu um castelo. Pelo mapa pudemos ver que estávamos em Montreuil-Bellay. Era um castelo muito lindo, principalmente visto do outro lado do rio, o que nos dava uma visão impressionante do castelo refletido na água. Vários dos castelos possuem essa característica, como eu devo falar mais à frente. Paramos o carro do lado do castelo e fomos tirar umas fotos. Acabamos não entrando porque os planos tinham sido feitos para que pudéssemos entrar em Azay-Le-Rideau mais tarde, no final do dia. Como ninguém estava interessado em mudar muito os planos, pegamos o carro e partimos de novo.

Durante todas as viagens que fizemos por essa região até agora, vimos sempre campos de girassóis, e quisemos parar em um deles para tirar uma foto. Não achamos um campo muito vistoso, mas estava bonitinho... Me arranhei todo entrando no meio do mato obviamente, porque tinha um monte de espinho (e ninguém me avisou que havia esses espinhos), e como tava todo mundo indo devagarinho eu, muito malandro, resolvi dar uns pulos malucos para transpor a vala que separava a estrada do campo de girassóis... Mas isso não aparece na foto, ainda bem.