terça-feira, outubro 16, 2001

Dia 05/10/2001

Sexta-feira é um dia no qual as pessoas trabalhadoras acordam cedo e saem de casa. Isso aconteceu com o nosso anfitrião, que está no período de estágio deles. Mas com a gente não. Eu queria acordar mais cedo para ir visitar o castelo de Ludwig II, que é um castelo bem mais moderno do que visitamos até hoje, mas que é muito bonito, fica no meio de umas montanhas, e foi o castelo que inspirou a Disney para fazer o desenho da Branca de Neve (acho que é esse). Mas acho que era só eu que queria ir lá... Os outros só queriam saber da festa. Tudo bem então... Acordamos mais tarde para poder descansar um pouco da viagem... Logo depois resolvemos sair para conhecer a cidade de Munique, e também ir para a Oktoberfest logo depois. Quando chegamos na estação do metrô, encontramos uma outra brasileira, a Júlia, que mora em Viena mas estava ali com o mesmo grupo da CAPES para participar da festa. Ela acabou indo com a gente visitar os monumentos (apesar de já tê-los visitados...). De qualquer forma foi legal porque a gente não sabe nada de alemão e ela podia dar uma ajuda para a gente.

Munique é uma cidade com uma arquitetura diferente da França. Todos os monumentos não são grandiosos, mas não têm uma riqueza de detalhes como os daqui... E continuam sendo bonitos, fazer o quê... O único problema é que eu não conseguia guardar nome nenhum, dado que todos os nomes são em alemão... Como eles tem mais de 20 letras por nome de monumento, eu só sabia se era uma igreja, um teatro, uma estátua... Só vou descobrir onde eu estava quando eu comprar um guia de Munique (ou da Alemanha, que eu acho que vou precisar no futuro) e ver as fotos e os nomes relacionados. Até lá, vou deixar isso de lado. Acho que alemão vai ser uma das primeiras línguas que eu vou estudar quando eu acabar com francês... Eu ficava desesperado de andar em uma cidade na qual eu não entendia nem onde ficava a saída (depois eu vi que era algo tipo Ausgang). Comemos em uma pracinha na qual tinha uma feira (um pouco mais civilizada que nos outros lugares, porque as barraquinhas eram construídas e não montadas na hora) e lá tinha os pretzels, e uns sanduíches com frutos do mar... O mais legal era voltar a usar o real como moeda (um marco alemão é só um pouco maior que o real agora...), mas as coisas continuam sendo caras! Tentamos comprar depois um colchão inflável grande, mas não tivemos muita sorte. Só achamos um que custava 40 marcos (e que tinham achado já por 20 um bem parecido), e ainda por cima não poderíamos enche-lo com a boca (teríamos que comprar uma bombinha também). Acabamos desistindo e devolvemos (recebendo dinheiro de volta... que diferente).

Fomos para a Oktober sozinhos mesmo, já que os trabalhadores só iriam chegar bem mais tarde lá. Fomos ao barracão da cerveja Hacker, que parecia o mais animado (e onde conseguimos mesa também), e ficamos lá até receber uma ligação de um dos brasileiros-alemães, que iria nos encontrar na HB (a cervejaria de sempre). Ficamos lá até a festa quase acabar, e voltamos para casa. Dessa vez não encontramos muita gente (ficamos em um grupo com 7 pessoas...), mas quando chegamos em casa vimos que havia muita gente lá... O Coruja tinha chegado (sozinho, de trem), e já tinha pegado um lugar no quarto que a gente estava (afinal, o amigo é mais dele)... Só que jogamos ele para dormir na cozinha, já que eram 4 contra um. Ele teve que dormir no chão frio, coitado... Mas ele tinha bebido um pouquinho demais, e não acho que ele sentiu muita coisa enquanto dormia...

Antes de dormir ainda fomos para uma festa que estava tendo na própria residência dos estudantes... Há uma pequena discoteca em um dos prédios, e lá estavam todos os brasileiros que agüentaram alguma coisa depois de beber alguns litros de cerveja. Realmente eram muitos (mais de 50), e ainda havia uns grupos agregados que tinham chegado para dormir por lá também... Voltamos para casa meio tarde... Mas amanhã é sábado...