Dia 04/10/2001
Dormir em trem não é uma das melhores experiências, mas posso dizer que é bem melhor que dormir no chão. Pelo menos minhas costas não ficam doendo tanto... Chegamos em Lyon bem cedinho, 5 da manhã, e continuamos a farofada que estávamos fazendo (tínhamos comprado um monte de pão, queijo, presunto, suco de laranja...). A próxima parada seria Strasbourg, e teríamos que trocar de trem, que demoraria mais 1 hora para sair... Nesse tempo rolou o meu café da manhã. O trem só chegou em Strasbourg 11:40 da manhã, e tivemos que esperar um pouquinho para pegar nosso carro. De qualquer forma, o preço dessa vez estava correto (ao menos o cara do balcão disse o preço bonitinho), mas pagamos mais 200 francos para que não tivéssemos que pagar franquia em caso de roubo ou acidente (4000 e 3000 francos respectivamente)... Não fica tão mais caro porque dividimos tudo por 4 pessoas...
Achamos o carro e fizemos nosso almoço, sempre comendo coisas muito saudáveis: pão, queijo, presunto, maionese, cebola... tomando suco de laranja industrializado... (como disse depois um cara da Alemanha: essa viagem não vai prestar...). Pegamos o superTwingo e fomos cruzar a fronteira. Strasbourg é uma cidade que fica exatamente na fronteira da França, e atravessando uma ponte chegamos à cidade irmã na Alemanha: Kehl. Depois disso, foi decidido (contra a minha vontade) de que na ida iríamos por uma estradinha ruim, pelo meio da Floresta Negra. Realmente a paisagem é muito bonita, mas só a quantidade de curvinhas me deixou cansado (era eu dirigindo...). As paisagens eram bem campestres, cheias de árvores tipo pinheiros, parecia cenas de cartão postal... Só que eu estava um pouco cansado da viagem de trem, e eu tinha que ficar prestando muita atenção por causa das curvas. Depois de passar através da floresta, foram só auto-estradas até Munique. As autoroutes alemãs longe de cidades não tem limite de velocidade, mas isso não queria dizer nada para o nosso superTwingo... ele não passava de 150 nem se a gente metesse o pé bem fundo... Bem, da próxima vez que formos para a Alemanha alugaremos um carro um pouco melhor... Eu troquei de lugar com alguém para poder dormir um pouco. Quando chegamos perto de Munique eu acordei para ajudar a galera a chegar na residência dos brasileiros... A gente se perdeu um pouco, tendo que dar umas paradas para perguntar às pessoas na rua (lembrem-se que a gente estava na Alemanha! E que nem todo mundo, ao contrário do que me disseram, fala inglês!), mas acabamos um ônibus que iria para o Studentstadt (residência deles), e o seguimos quase até lá... A primeira etapa estava vencida, mas ainda faltava outro problema: a gente não sabia onde eles moravam exatamente. São bilhões de apartamentos, e não sabíamos em qual dos prédios eles estariam. Entrei no primeiro prédio e logo vi que tinha uma lista de nomes de pessoas relacionando-os aos quartos... Notei alguns sobrenomes de brasileiros (entre eles o de um amigo meu lá da PUC), e fomos batendo no quarto deles. Nenhum sucesso. Ficamos sem saber muito o que fazer (além de ficar batendo na porta dos brasileiros dos outros prédios), e ficamos um pouco ali na frente. De repente a gente parou para escutar e viu que o cara do lado (uma figura de chapéu), que estava no celular, estava falando em português. Óbvio, brasileiro é praga. Esperando ele acabar de falar no telefone, chegou outro brasileiro, que era o Humberto da USP, que a Andréa já conhecia. Levamos a tralha para o quarto dele, e ficamos falando um pouco antes de ir para a Oktoberfest.
Chegamos na festa, e só lá que eu percebi o quão grande a festa é... É absurdo o tamanho do parque onde fica a festa... São vários barracões de cervejarias, cada um diferente do outro. Cada barracão tem várias mesas gigantes, onde a gente tem que estar para poder comprar as cervejas, que são servidas em uns canecões gigantes chamados Mass (na verdade esses dois ‘s’ é na verdade um beta, mas não consigo escrever isso aqui acho). Achamos facilmente lugares em uma mesa (afinal, é quinta-feira!! Pessoas trabalham!!) e pedimos um só para começar. Descobri também que é normal as pessoas tentarem roubar um canecão desses para levar de souvenir, e que tem uns guardas na porta que ficam lá especialmente para impedir isso... Mas toda a noite sai um monte de gente com essas canecas. Como eu queria uma de lembrança, logo no primeiro dia saí com uma, utilizando a técnica milenar do Humberto (que já tem a coleção completa das canecas de todas as cervejarias). Voltamos para casa cedo, porque amanhã tem mais...
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