Dia 22/01 – 12:14 AM
La Rochelle consegue ser uma cidade muito linda... Ainda mais com esse sol que esta fazendo no verão daqui. Depois do primeiro dia, que estava um sol quente, mas havia um vento muito frio, todos os dias foram bem tranqüilos do ponto de vista do frio... Eu praticamente estou carregando um casaco para cima e para baixo de bobeira. Acabo nunca usando o casaco, e ainda por cima fico naquela preocupação de perder o casaco. Só que toda a vez que eu saio sem um, fica mais frio (lei de Murphy). Eu também já estou com o nariz todo ruim por causa desse ar seco que tem aqui, e por causa do cheiro de mofo (que não saiu) do meu quarto. Falando nele, acho que ele está mais bagunçado que nunca. Nem o meu quarto no Rio ficou tão ruim algum dia... Isso se deve provavelmente à minha preguiça de tirar tudo da mala. Não sei se é realmente interessante tirar tudo da mala, colocar nos armários (que são poucos alias), e depois ter que colocar tudo dentro da mala de novo daqui a um mês e meio, sendo que há a possibilidade de não caber tudo... Eu acho que vou conviver mais um tempinho assim, e se ficar muito ruim, eu arrumo tudo.
Estou acordando tarde pra caramba, porque aqui eu não consigo nem a porrada dormir cedo. O sol se põe perto das 10 da noite... Muito estranho isso. Eu tenho que fechar a minha janela só para poder dormir, porque o sol fica batendo na minha cara. Aí acabo dormindo até meio dia. Quando desci para ver se alguém ia almoçar, acabei descobrindo que metade da galera estava indo para a praia. Me troquei rapidinho e fomos para a Ilha de Re. Essa ilha é conectada ao continente por uma ponte gigantesca, e a gente vai de ônibus porque primeiro a gente não tem carro, e segundo porque mesmo se tivesse a gente não iria, porque o pedágio é uma facada. A gente pagou cerca de 16 francos de ida e volta. Quando chegamos lá, a desilusão... Obviamente a praia era uma porcaria, com um mal cheiro, e também com um monte de algas na água. A gente andou um pouco pela praia e tivemos uma surpresa ainda maior... Um grande número de pessoas estava pe-la-do! Isso mesmo! Pelado! E não tinha nada dizendo em lugar nenhum que ali era praia de nudismo. A gente ficou meio chocado, mas seguiu em frente. Queríamos encontrar uma praia descente, cheia de gente que não estivesse pelada heh. Fomos tentar pegar um ônibus, mas a gente acabou desistindo de ir para dentro da ilha. Primeiro porque estava difícil de pegar o ônibus, e ficar na praia ali seria mais tranqüilo. Segundo porque a passagem de ônibus ali era ainda mais cara. Não sei como alguém que mora ali consegue sobreviver... Encontramos um segundo pessoal que tinha ido para a ilha, e acabamos ficando na praia ali mesmo. Foi até engraçado, porque um dos garotos que estava no segundo grupo é meio cara de pau, e a gente acabou tirando fotos do pessoal peladao. Eu provavelmente não vou colocar essas fotos no meu álbum na internet, mas depois eu mando pra galera. O mais engraçado é que a gente ia e voltava, e obviamente o pessoal na praia já estava manjando nossa ‘tática’ de tirar fotos escondidas: ficar com a câmera na mão apontada para eles, e como quem não quer nada, tirar a foto. A gente chegou ao ponto até de tirar fotos nossas na frente dos peladões. Mas nada de mais, tudo muito família. Felizmente para os olhos das outras pessoas, eu decidi não aderir à onda naturista.
Após ficar tostando no sol um pouco (e acredite, estou bem queimado), fomos tomar um sorvete. Tá certo que era caro, mas naquele calor o sorvete parecia o melhor do mundo. Depois voltamos para a cidade, em uma viagem de ônibus muito chatinha, porque tive que ficar de pé, já cansado. Descemos na praça dos ônibus que fica na frente da catedral da cidade (muito bonita por sinal... há vários quadros e estátuas lá), e pegamos outro ônibus (é de graça se pegar o segundo ônibus 45 minutos depois de ter pegado o primeiro) e saltamos no mercado para fazer compras. Essa é a parte que eu vou menos ter saudade quando não tiver que fazer mais: mercado. Comprar comida, bebida, essas coisas é muito chato, porque além de eu não saber fazer comida e ter que comprar coisas semi-prontas, as coisas são muito caras. Eu pelo menos no Brasil não ficava olhando preço quando comia as coisas... Aqui eu vou ter que economizar um pouco. Pelo menos o dinheiro dessas bolsas que estão comigo estão rendendo.
À noite tomamos um vinho (na verdade foi quase uma garrafa pra cada um), mas nada que fizesse alguém cair. Eu nem senti muita coisa, para falar a verdade. Após essa pequena dose de vinho, fomos para um bar que tem la no centro. Eu só fiquei rindo das figuras que existem nessa cidade. Parece que só tem doido à noite aqui. Tem uns malucos que ficam alucinados dançando, cantando todas as musicas (em francês, que saco), e muitos gays. Alias, eu nunca tinha visto tantos na minha vida. Eles ficam dançando e se olhando no espelho... que nojento. Eu tento não olhar... heh. O que eu achei interessante é a quantidade de cigarro da galera. Era tanta fumaça que eu não conseguia respirar, e meus olhos ardiam como se houvesse pimenta neles. De tempos em tempos eu tinha que dar uma volta. A gente acabou entrando em outro lugar depois, onde a gente pagou 30 francos pra entrar (ouch) e ficamos mais um tempinho. Afinal, era o último dia da semana que poderíamos sair sem se preocupar em acordar cedo. Pelo que eu entendi eles dizendo, as aulas começam todos os dias por volta de 8 e meia. Para isso eu tenho que acordar umas 7 e meia, sem contar que eu tenho que tomar um bom café, porque as outras duas refeições são praticamente nulas por enquanto.
Tive que dormir tarde, e acho que vou almoçar agora, porque temos uma visita paga pelo CNOUS ao Aquarium da cidade.
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