Dia 19/01 – Continuacao
Comidas à parte, o próximo passeio era uma visita guiada ao Chateau de Versailles. Eu sempre quis visita-lo, por causa da ostentação que dizem que o castelo mostra, e por causa do imenso jardim. Este foi o primeiro a ser visitado, logo após a gente entrar pelo portal do Sol (qualquer semelhança com o No Limite é mera coincidência). O jardim é magnífico. É tudo o que eu tenho para dizer sobre ele. Nah... tenho muito mais... Nunca vi tanto dinheiro jogado fora, nem tanta beleza em um jardim só. Além de ser muito grande, ainda por cima tem várias estátuas ornamentando os lados do corredor principal, e tem várias construções pelos lados. Os corredores parecem raios de Sol (claro, o Luis XIV achava que era Deus Sol... tinha que ser um Luis mesmo). O castelo de longe é outra visão imperdível. Mas o interior estava por vir...
Já dentro do castelo (depois de ficar super molhado, e ficar falando com o baiano da excursão sobre cultura e sobre a gripe grátis que a gente ganhou do CNOUS), vimos a primeira sala. Era uma das coisas mais bem trabalhadas que já vi, sendo que não era a única... Todas as salas tinham detalhes absurdos. A capela estava linda, e me disseram que Mozart já tinha tocado lá. Portanto, tirei uma foto (óbvio). Depois, seguimos vendo o quanto o rei era maluco. O cara só podia ter aquilo pequeno, por ser tão megalômano. Há também as viagens, que são aquelas do Rei ficar mostrando sua intimidade, porque era divertido... nunca vi nada divertido em ver a intimidade do rei.
Uma das ultimas salas é a galerie dês Glacês (sala dos espelhos), que era onde aconteciam os grandes bailes. Ainda hoje pode ser usado pelo presidente da França para fazer festas especiais, mas faz tempo que não utilizam. Depois disso vieram os quartos da maluca da Maria Antonieta (os dois reis mereceram morrer decapitados mesmo). Muita beleza nos quartos, mas quando eu penso quantas pessoas morreram de fome por causa dessa ostentação gratuita, eu fico até com pena. A Maria Antonieta gostava de gastar dinheiro, e por isso havia vários móveis que eram caríssimos, principalmente a ‘caixinha de jóias’, que mais parecia um armário (obviamente não há mais nenhuma jóia dentro da caixa.
Algumas alas estão desativadas, pois não encontraram os móveis originais (problemas de ter sido destruído durante a revolução francesa). Agora há um museu com parte da história da França, e há alguns quadros lá, como por exemplo o da Coroação de Napoleão.
Saí correndo do museu (sem deixar de pegar uma moedinha maneira, que tenho que pegar no Louvre também depois) para ir ao banheiro, mas descobri que ele custava 2 francos e meio. Tive que ir, pois estava apertado desde o começo da viagem para o castelo. Um amigo nosso resolveu ir utilizando nosso ‘ticket banheiro’, só para não pagar essa fortuna. E ainda por cima, depois de pagar tudo isso, tive que usar o mictório mais próximo da porta, o qual ficava exatamente aberto para a fila das mulheres. A única coisa que diferenciava eu fazer ali e fazer no arbusto é que ali tinha descarga. Pelo menos as mulheres não conseguiam ver tudo heh.
Mais chuva para ir até o ônibus... Acho que vou comprar um guarda chuva depois (ali estava muito caro, não tinha jeito). Alguns quase ficaram para trás, pois não sabiam que o horário tinha sido adiantado, para podermos nos arrumar antes da recepção... Mas mesmo com o adiantamento, nós tivemos que ir diretamente à recepção.
Lá, depois de pendurar nossos casacos (tou ficando chique hein!), tínhamos à nossa disposição um monte de vinho (e água e refrigerante, para os menos chegados), além de um monte de porcariazinha que não enche a barriga. Depois disso houve doces também. Mas o mais importante foi a nova conversa com os organizadores da bolsa. O monsieur Noilles estava lá novamente, e conversamos, juntamente com outros bolsistas que iam para Toulouse, sobre nossas dúvidas. Como sempre, ele não pôde responder muitas delas, porque ele é só organizador, e quem ‘trabalha são os tutores’ (palavras dele hein! Gente boa pra caramba!). De alguma forma, tudo vai dar certo no final (como sempre dá!).
Todo mundo estava bebendo muito. Vários já começaram a perder a linha, falando mais alto, fazendo mais merda... Pelo menos isso foi depois do embaixador do Brasil na França falar, seguido de um representante do ministério de affaires etrangères e de uma representante do ministério da educação francês. A galera não calou a boca um minuto, mas acho que nem daria, porque tava todo mundo meio alto já. Após isso, foi praticamente um social entre nós e uns guias que ficaram com a gente o tempo todo de nossa pequena viagem por Paris. Fomos praticamente mandados embora, pois eles tinham que nos dar instruções de quando e como estaríamos viajando amanhã.
A próxima notícia eu devo dar quando chegar em La Rochelle... Acredito que lá vou ter mais tempo de fazer minhas coisas, e finalmente, de estudar francês. Espero também que consiga algum jeito de descarregar minhas coisas para a internet....
Vou tentar agora ligar para a Vanessa... eu quero muito ouvir a voz dela... :o) <- homenagem para ela heh. Eu já consegui falar com ela a primeira vez, e eu gostei tanto que deu a maior saudade... Vou tentar não ficar pensando muito nisso, senão eu acabo não aproveitando nada... Mas que dá muita vontade de voltar para casa, isso dá.
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