segunda-feira, janeiro 14, 2002


Dia 22/12/2001

O Oto tinha levado um despertador daqueles de ponteiro que fazem um esporro quando tocam. Foi o que aconteceu bem cedinho. Afinal, tínhamos que aproveitar o dia para visitar Pompéia. Fomos tomar o café da manhã, que já tinham dito que não era grande coisa. Realmente, era uma porcaria. Era um pão, uma geléia, uma manteiga e um copo de chocolate com leite (ou um café ruim) por pessoa. Se quisesse mais teria que pagar 400 liras por um pão. Era impressionante. Eu não paguei a mais porque eu não estava com fome mesmo... De qualquer forma eu tinha comida ainda na minha mochila. Saímos o mais rápido possível para a estação, para pegar o trem.

A principio os planos eram de visitar o Vesúvio de manhã (subindo até onde pudéssemos com um ônibus e indo com um guia até lá em cima). Chegamos em Herculano, de onde sairia o ônibus. Mas como chegamos um pouco tarde lá, ficamos com medo de não dar tempo de visitar Pompéia direito. Havia também uns malandros com uma van por lá que queriam nos levar junto com uns japoneses (que sempre caem nessas furadas) até o topo do Vesúvio, mas estava muito mais caro que o ônibus... Claro que os caras sempre têm uma história para convencer, dizendo que o ônibus não subia até o topo por causa da neve e que teríamos que andar muito para ir até o topo... Mas eu não quis aceitar. Herculano também foi enterrada pelo Vesúvio, e tem também a cidade para visitar, mas disseram que Pompéia é bem mais interessante... Fomos então para Pompéia.

Acho que na Itália eu não iria conseguir nenhum desconto para estudante. Eles só tinham descontos para pessoas entre 18 e 25 anos da Comunidade Européia e de uma lista de países que tinham contrato com eles... O Brasil até estava no contrato, mas até agora não entendi porque somente os estados do Paraná e de Santa Catarina estavam listados... O pessoal de outros estados não ganhava desconto. Eu não tinha como provar que era de lá (eu até tenho a minha carteira de identidade que eu sempre levava comigo e que tinha sido feita no Paraná, mas como todo mundo ficava dizendo que eu era maluco e que poderia perdê-la eu a deixei em casa... que merda). Pagamos um pouco caro, eu posso dizer, para entrar lá, mas acho que valeu a pena. Muitas das coisas estão bem conservadas, apesar de várias outras estarem sendo reconstruídas... Achamos finalmente algumas pessoas que tinham morrido por causa da cinza, mas elas estavam dentro de caixas de vidro, talvez para não sofrerem tanto a ação da natureza. Os artefatos encontrados em Pompéia, entretanto, não estavam lá, mas sim no museu arqueológico de Nápoles (aquele que a gente não conseguiu visitar...). Mas a visita é bem interessante. Tem até um pequeno coliseu por lá... Há casas inteiras que eles reconstruíram para mostrar como era mais ou menos a vida normal dos romanos na época... Ficamos cerca de 5 horas por lá... Na volta passamos de novo pelo Vesúvio, e até tirei uma foto para registrar... Realmente dá medo de ficar por lá. Não sei até agora como o pessoal de Nápoles consegue viver tão perto de um vulcão ativo...

Voltamos à estação e praticamente não fizemos nada além de comer e de ver horários para Roma amanhã...