Dia 17/09/2001
Segunda feira... sempre é um dia meio chato, por definição. Voltando à rotina de aulas (que por enquanto não posso chamar muito de rotina), acordei bem cedo para pegar a primeira aula às 8. Como eu ainda não comprei uma bicicleta, é necessário sair umas 7 e meia aqui de casa no máximo para pegar o ônibus. O único problema é a porcaria do frio de manhã... Estamos ainda no verão, quase no outono, mas já está um frio dos diabos de manhã... Já até sai fumaça da boca quando se respira de manhã... E eu geralmente sou maluco o suficiente para esquecer a blusa. Dessa vez eu fui mais esperto e levei a blusa. Mesmo assim, já estou quase congelando. Eu passo pelo rio agora reclamando por ele aumentar minha sensação de frio (antes eu achava uma coisa boa vê-lo todo dia da minha janela de manhã...). Chego no ônibus e tenho que pagar 8 francos para andar nele (mais de 2 reais!!). Bem, depois eu faço a carteirinha para pagar menos... de qualquer forma, eu acho que vou andar mais de bicicleta, a não ser que fique muito frio mesmo, que aí não há como andar de bicicleta...
Uma palavra sobre a universidade na França, pelo menos sobre a minha: IGUAL ao Brasil. Cheguei na aula, esperando uma das matérias que eu tinha escolhido fazer, e tinha uma outra, de equações diferenciais parciais, que eu já tinha fugido... Eles aqui, segundo os outros alunos, mudam toda hora as aulas, e é importante ficar procurando no departamento se mudaram ou não. Com essa ótima notícia, eu descobri que eu não precisava ter passado frio, e na verdade nem precisava muito ter ido à faculdade... E isso quase nunca me acontece no Brasil... Desse jeito não dá. Outra coisa que eu não sei se eu já falei, mas tenho que falar de novo porque eu fiquei realmente impressionado: os franceses falam MUITO durante a aula. Não é do mesmo jeito que os brasileiros, que ao menos tentam ser discretos falando, tentando falar baixo... Não, os franceses simplesmente viram para trás e começam a conversar, no volume normal de conversa... ou até mais alto... Não têm nenhum respeito pelo professor, que por sua vez continua a dar sua aula, praticamente sem se dar conta que estão conversando... Como tem 80 alunos na sala (a maioria das vezes menos... eles também matam muita aula), realmente não há como se importar muito. Acabei não ficando na aula porque eu não agüentava ouvir um professor falando em francês de um assunto que eu não queria saber, e ainda por cima não conseguir ouvir o professor...
Tiramos a tarde para ir ao CROUS marcar o dia de tirar a carte de séjour (que é o nosso visto permanente), e depois aproveitamos para ir fazer a maldita carte clé, que é para pagar menos pelo ônibus. Depois fomos ao Carrefour tentar comprar mais coisas para casa, mas para mim não foi muito interessante. Só comprei outra panela e uma tampa para a minha frigideira, e algumas besteiras como um abridor de vinho ninja... Tivemos que voltar para casa à pé, porque a só pegamos o último ônibus, e ficamos com medo de tentar pegar o segundo ônibus e não conseguir, tendo que voltar à pé de um lugar mais longe. Deixei de comprar o meu forninho elétrico (a Maíra acabou comprando) porque fiquei com dúvida de onde colocar e se eu realmente iria precisar...
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