sábado, junho 08, 2002

Dia 05/04/2002

Chegando em Madrid fui direto comprar o suplemento do trem rápido para Sevilla (ugh! 9 euros), mais os complementos e reservas entre Madrid e Lisboa, que iríamos fazer no meio da viagem (antes que o trem enchesse, sei lá). Mais uma facada, 23 euros ida mais 6 euros volta (esquema lixão de trocar 3 da manhã de trem e esperar até 5 para pegar o próximo). Ainda tivemos que trocar de estação para pegar o AVE para Sevilla... O metrô de Madrid é tão lerdo que demorou quase uma hora pra ir de um lado para o outro.

O trem é realmente legal, e depois de quase duas horas estávamos em Sevilla. Eu ainda não tinha conseguido reservar o albergue (eram somente duas pontas soltas, ali e Liverpool) mas isso foi resolvido fácil na própria estação. Havia um pequeno quiosque que reservava pequenas pensões e foi ali que conseguimos um quarto duplo em uma pensão ali perto. Fomos até lá, largamos as coisas e começamos a andar pela cidade.

As atrações principais de Sevilla ficariam para o dia seguinte. Eu havia emprestado um mapa de lá e por isso já sabia mais ou menos por onde andar. No momento eu estava mais interessado em comer que fazer turismo. Demos uma parada na Plaza de Toros porque tinha muita gente na frente e eu queria saber o que era. Eles estavam vendendo ingressos para touradas dos próximos dias e, como não poderia deixar de ser, eu e o Oto compramos ingressos para a tourada de amanhã. Faz parte da cultura e eu nunca tinha visto uma tourada inteira na tv mesmo... Depois de achar algo para comer fomos seguindo o mapa andando por todos os lugares mais longe possível do Alcázar (o palácio da cidade que visitaríamos no dia seguinte). Com um mapa do ônibus turístico (acredite, ele era melhor que o mapa que eu tinha para mostrar atrações) fomos andando até uma muralha chamada Macarena. No caminho passamos pelo parlamento da região e pela igreja Macarena também. Sinceramente era um lugar bem inútil pra ir. Depois ainda fomos para o lugar onde aconteceu uma das famosas Expos (a mesma da série da de 1889 quando construíram a torre Eiffel). Ao passar pelas pontes (as pontes de Sevilla são muito interessantes para engenheiros civis... Pra mim elas são apenas estranhas) chegamos ao lugar que estava dominado por jovens. Aliás, essa é uma prática comum na Espanha hoje em dia, beber na rua. As bebidas são muito caras dentro de bares ou de boites e assim eles combinam de comprar bebidas no mercado e ir para uma praça encontrar todo mundo e beber. Ainda por cima bebem umas coisas bizarras, tipo vinho misturado com refrigerante.

A Expo em si não tinha nada de mais, principalmente porque não tinha nada aberto. A única coisa legal foi um Ariane (o foguete lançador de satélites europeu) em tamanho natural. Depois de dar uma olhada fomos andando para casa pois ainda tinha que descansar para sair à noite. No caminho de volta ainda encontramos várias pessoas com sacos de mercado com bebida indo para aquela praça...

Achei finalmente o escritório de informações turísticas (depois de ter visitado quase toda a cidade), mas foi interessante porque eles têm informações sobre shows de flamenco na cidade, tanto pagos (aqueles com roupas típicas, feitos especialmente para turistas) quanto grátis (que são geralmente voltados para a população local mesmo). Escolhemos ir a um de graça já que os ingressos da tourada foram um pouco caros e era muito mais perto da pensão onde estávamos. Jantamos e fomos tomar um banho para sair.

Eu não lembro o nome do bar, mas eu lembro exatamente onde ele fica, cerca de 5 minutos a pé (até menos) da pensão. Era apenas uma porta, que a gente só achou porque perguntamos a um morador que estava saindo de casa. O bar era muito legal, meio vazio no começo mas como tudo na Espanha começa bem tarde, ele começou a encher por volta das 11 e meia... Os show socomeçaram, primeiro só com música e depois com uma dançarina de flamenco. Se as pessoas parassem de fazer barulho e eu pudesse ouvir seria muito melhor, claro, mas o show foi bem interessante. Ainda por cima conhecemos duas francesas e uma alemã, que começaram a falar com a gente, e depois um grupo alemão que estava do nosso lado começou a falar também... Foi bem social... O velhinho que abriu a porta para gente ficou meio puto de acordar (como sempre né...) mas foi bem tranquilo. O turismo nos espera na manhã seguinte.